De 31 de Março a 2 de Abril Torre de Moncorvo regressa à idade média e ao reinado de D. Dinis com o tema "Ferro e ferrarias no seu tempo".

 

  Durante o seu reinado, o monarca, atribuiu a Torre de Moncorvo carta de foral, mandou-lhe construir cerca, concedeu-lhe carta de feira e outros privilégios, incentivando o povoamento e a exploração económica da região. A nível nacional fomentou todos os meios de riqueza nacional na extração da prata, estanho e ferro. Torre de Moncorvo não deve ter sido excepção, uma vez que possui a maior jazida de ferro da Europa.

 

  No largo da ferraria, o negócio do ferro é o ponto alto destes dias, também com a presença da oficina de cutelaria artesanal Lombo do Ferreiro, com 3 artesãos a trabalhar ao vivo. Aqui, podem ouvir-se as carroças a chiar, a ranger com as grandes cargas de minério, assim como o som das bigornas a forjar o ferro. Ao longo do dia serão visíveis alguns quadros fundamentais do ciclo do ferro como o transporte de minério, a britagem com maço e picalhão, a redução e fundição do ferro e o forjamento do mesmo. Neste espaço não faltarão vendedores e mercadores, a recriação de uma foia e uma estalagem que darão maior vivacidade a este mercado do ferro. Dentro deste tema realizar-se-á também uma procissão que percorrerá o espaço da feira com oferendas a Santa Bárbara, também conhecida como a padroeira dos mineiros. “Pelo Ferro Vivo, pelo Ferro Morro” e “ A Ferro e Fogo” são os espetáculos que se realizarão neste âmbito, no decorrer na Feira Medieval de Torre de Moncorvo.

 

  Não faltará o tradicional mercado medieval, constituído por mais de 70 expositores, entre eles artesãos, místicos, artífices e tabernas, e as habituais recriações históricas que vão desde o cortejo do Rei e sua Corte, pelourinho, cantigas e trovas d’el Rei, treino de cavaleiros, celebração de esponsais, pracear das aves, campo de treino de pequenos guerreiros; espetáculos equestres e vários acampamentos. Destaque também para a animação de rua com mendigos, ciganas, magos, bobos da corte, malabaristas e cuspidores de fogo. Decorrerão também rixas entre grupos rivais, haverá saltimbancos e menestréis, trovas, folguedos, demonstração de armas e músicas e danças medievais.

 

  Além da faceta mais boémia e lúdica que marcava a época medieval, nesta edição pretende-se dar a conhecer ao público o lado mais obscuro da Idade Média. Assim, serão espalhados pelo burgo gaiolas suspensas de ferro com prisioneiros, que cumprem desta forma a sua sentença pelos crimes cometidos.

 

  À noite com a iluminação reduzida, serão ateados vários queimadores e o burgo viverá na penumbra que marcava esta época. Na viela da destilaria, rua escura e pouco asseada, pairam rameiras, que vendem o seu corpo, e larápios que despojam os transeuntes dos poucos pertences de que ainda dispõem. No bairro dos leprosos serão visíveis alguns doentes de lepra, discriminados e privados do convívio social por serem vistos como sinal de impureza ou pecado.

 

  Convidamos a população em geral e as pessoas que nos visitam a participar nesta iniciativa, deixando-se levar pelo ambiente vivido dentro das portas desta vila medieval e entrando em plena idade média, fazendo compras nos mercadores e artesãos existentes, usufruindo das tabernas e locais de repasto e assistindo às várias recriações históricas. Destaque também para a animação de rua com mendigos, ciganas, magos, bobos da corte, malabaristas e cuspidores de fogo. Decorrerão também rixas entre grupos rivais, haverá saltimbancos e menestréis, trovas, folguedos, demonstração de armas e músicas e danças medievais.

 

  Distingue-se das demais existentes no país devido à grande envolvência da população local, quer seja de associações ou instituições, sendo grande parte dos figurantes pessoas do concelho.

 

Noticia do Turismo de Moncorvo, mais detalhes aqui