Gazeta das Caldas | Semanário Regional

 

 

Noticia da Edição de 23 de Fevereiro, 2017

 

   Numa antiga oficina de automóveis na rua Capitão Filipe de Sousa encontramos oito pessoas a trabalhar metal. Vão-no cortando e dando a forma que querem e que previamente desenharam, àquilo que será uma faca. Trata-se de um workshop da oficina de cutelaria artesanal Lombo do Ferreiro (das Relvas) que ensina a fazer uma faca do princípio ao fim.

   No passado sábado decorreu a segunda de quatro formações, que terão como resultado final a passagem de conhecimentos a 20 pessoas. A ideia é que a partir dali os formandos se sintam habilitados para voltar a pôr em prática o que aprenderam.

   A antiga oficina transforma-se numa espécie de cutelaria, com vários futuros cuteleiros a trabalhar. Ao longo do dia e recorrendo a bigornas, rebarbadoras, berbequins, martelos, esmeril, limas, lixas e água, as facas vão ganhando forma, sempre com a ajuda dos especialistas Carlos Norte e Paulo Tuna.

   Na formação estiveram seis homens, de idades díspares e com proveniências tão distintas como Espinho, Mafra, ou Cacém, mas também há quem seja da região.

   Os workshops duram um dia e têm uma vertente teórica e muita prática. Destinam-se a todos os que tenham interesse na área, com ou sem experiência. Custam 120 euros que incluem todo o material, um manual, seguro e almoço.

   Os próximos dois workshops decorrem na oficina nas Relvas (Santa Catarina), mas já estão lotados. No futuro o Lombo do Ferreiro pretende realizar mais formações e criar um workshop de nível superior.

   Carlos Norte, responsável pela oficina Lombo do Ferreiro, salientou a importância destas formações na transmissão de saberes ancestrais.

 

Reportagem realizada por Isaque Vicente, veja aqui a edição da Gazeta das Caldas.